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Dinis Machado
biografia
Dinis Ramos e Machado nasceu em março de 1930 em Lisboa, onde
viveu no Bairro Alto até ao fim da sua juventude. Foi jornalista
desportivo no Record, no Norte Desportivo, no Diário Ilustrado e no Diário
de Lisboa. No início da década de 1960, organizou os primeiros ciclos
de cinema da Casa da Imprensa e começou a escrever crítica para a
revista Filme. Praticou de tudo um pouco, do poema à entrevista, e
escreveu três livros policiais, com o pseudónimo Dennis McShade,
para a coleção «Rififi», que então dirigia na editora Íbis. O Que Diz
Molero, publicado pela Quetzal na 22ª edição, e pela primeira vez
em 1977, constituiu um êxito estrondoso junto da critica e do público
e vendeu mais de 100 mil exemplares. Foi ainda traduzido para
espanhol, búlgaro, romeno e alemão, estando atualmente em
preparação as edições em Itália e na república Checa. Morreu em Outubro de 2008.
livros
«Os metafísicos de Tlön não buscam a verdade nem sequer a verosimilhança: buscam o assombro», in Ficções, Jorge Luis Borges, 1944. Juntamente com Albert Camus, cuja A Queda assume neste Blackpot o papel de insuspeitado mote, Borges era um dos autores preferidos de Dinis Machado. Tanto que a sua personagem Peter Maynard, assassino profissional com preocupações éticas e estéticas, figura central de Mão Direita do Diabo, Requiem para D. Quixote e Mulher e Arma com Guitarra Espanhola, não é mais do que a americanização de Pierre Menard, personagem kafkiana de um conto borgeano que teimosamente se entretém a reescrever o Quixote, palavra a palavra, letra a letra, vírgula a vírgula. Foi com esse espírito que Dinis Machado escreveu de um fôlego, como era seu hábito, este visceral Blackpot. Esteve para lhe chamar Gulliver contra Gulliver, título talvez com mais ressonância literária, sobretudo se aceitarmos a opinião de André Breton segundo a qual foi Swift quem inventou o humor negro. Embora, convenhamos, com muito menos swing. Escreveu-o à máquina algures entre 1983 e 85, meteu-o na gaveta da memória e lá o esqueceu inédito até hoje. Guardado a sete chaves e mais uma, a da sombra libertária do olvido, só voltaria a recuperá- lo quando, ainda em vida, se preparava a reedição dos supracitados McShades. Uma coisa levou à outra e ele concluiu que o Blackpot tinha tudo a ver com este seu alter ego literário com vagas maneiras de camóne e muitas leituras na consciência, de seu nome completo Dennis McShade. Pois, como diria Peter Maynard, seja feita a sua vontade. «Pode-se vomitar tudo menos o medo e a solidão. Esta frase idiota fora-lhe dita, uma vez, por um médico que morrera atropelado por um camião. Continuou a olhar para o espelho e tentou sorrir da ideia. Mas não sorriu.»
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