Viagem a Baobá
Uma mulher sem nome e sem idade vive dentro de um baobá e recorda o trajecto da sua vida ¿ escrava, cortesã, mulher, mãe. Um profundo retrato da natureza humana confrontada com as condições mais humilhantes, sustentado por um discurso poético, mas também cínico e irónico, torna este romance ¿ o primeiro da autora traduzido em Portugal ¿ numa experiência por vezes alucinatória. Estas memórias da sobrevivência de humanidade num mundo povoado de crueldades não perdem, contudo, o sentido da partilha, do amor e da fraternidade. Um poderoso fresco onde é retratada a história de uma certa África e cuja escrita parece partilhar da força dos elementos de uma natureza transbordante.
Wilma Stockenström (1933) nasceu em Pretória, África do Sul. Trabalhou em rádio na Cidade do Cabo e desde 1954 trabalha como actriz e tradutora em Pretória. Tem vasta obra publicada em africânder, nomeadamente prosa, poesia e teatro.