Paris-Austerlitz
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SINOPSE
O narrador desta história, um jovem pintor de Madrid, comunista de família opulenta e acomodada, rememora, em tom de confissão urgente, os passos que conduziram ao final da sua relação com Michel, um homem maduro, de cinquenta e tal anos, operário especializado, com a solidez de um corpo de agricultor normando; o homem que o acolheu na sua casa, na sua cama, na sua vida, quando o jovem pintor se encontrou sem casa em Paris; Michel, cuja entrega a toda a prova lhe devolveu o orgulho e o livrou do desamparo, agoniza agora no hospital de Saint-Louis, apanhado pela praga, a doença temida e vergonhosa. No princípio foram os dias felizes, os passeios pelas ruas de Paris, os copos enquanto o dinheiro não acabava, o álcool e o desejo, o prazer de se amarem sem outra ambição que a de se saberem amados. Porém, pouco depois, as telas abandonadas no modesto apartamento de Michel assinalam ao jovem que as suas aspirações estão muito distantes desse quarto sem luz. E a partir daí a relação entre os dois começa a deteriorar-se, à medida que se acentuam os efeitos das proveniências distintas, das diferenças de classe, de idade e de formação. Diferenças que Michel combate com convicção, contrapondo-lhes um amor eterno e indestrutível… embora também possessivo e asfixiante.
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CRÍTICAS DE IMPRENSA
Selecionado na lista de melhores livros de 2016 do jornal “Expresso”
Um romance curto que pode ser lido como uma espécie de testamento literário de um dos grandes autores espanhóis que se afirmou já neste século.
«Rafael Chirbes é um dos melhores escritores espanhóis, um dos grandes autores europeus do nosso tempo.»
«Chega “outro” Chirbes. Magnífico… O inferno e o paraíso do amor, os restos do seu naufrágio, as ilusões dos primeiros momentos, o desencanto… Páginas intensas, diretas, sem concessões… Nunca como agora Chirbes tinha entrado deste modo na selva da paixão. No livro, o mais autobiográfico, tudo está contido e tudo transborda… Uma mudança completa relativamente a romances como Na Margem… E deixou-nos em silêncio. Assombrados. Com vontade de mais. Com o propósito de o voltar a ler. Como se não nos importasse outra coisa.»
«Um breve romance soberbo, digno do talento e do ofício do seu autor… Rafael Chirbes mostra-se-nos em estado de graça no controlo do quê e do como. É direto e profundo, valente e certeiro. Não se trata de concisão mas de algo que tem muito mais que ver com a precisão, com a lucidez, com a verdade poética de levantar a tela, ver o oculto, voltar a baixá-la e tratar de esquecer o que foi visto. Não sais igual depois de entrares nesta estação de Paris Austerlitz… Não existe comparação na narrativa da carnificina que é amar… A dissecção dessa doença que é o amor, operada por Rafael Chirbes, é certeira, selvagem e valente e, de certo modo, racionalmente incontestável.»
DETALHES DO PRODUTO
Paris-Austerlitz
ISBN:
978-972-37-1922-2
Edição/reimpressão:
09-2016
Editor:
Assírio & Alvim
Código:
79454
Coleção:
Peninsulares
Idioma:
Português
Dimensões:
147 x 205 x 11 mm
Encadernação:
Capa mole
Páginas:
112
Tipo de Produto:
Livro
Classificação Temática:
Livros > Livros em Português > Literatura > Romance
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