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biografia
"Nasceu na Ilha da Madeira em 1899 e morreu em Lisboa em 1973. Publicou 'O Momento e a Legenda' (1930) e 'Poemas de Edmundo de Bettencourt' (1962), mas durante o longo período que medeia entre estas duas obras colaborou em revistas, onde apareceram alguns dos seus melhores poemas. Em 1981, destacado da obra completa, editou-se "Poemas Surdos", decerto o cume da sua poesia".
Herberto Helder, in "Edoi Lelia Doura - Antologia das Vozes Comunicantes da Poesia Moderna Portuguesa"
Herberto Helder, in "Edoi Lelia Doura - Antologia das Vozes Comunicantes da Poesia Moderna Portuguesa"
livros
Edmundo de Bettencourt nasceu no Funchal há cem anos. Apesar de nos ter deixado uma obra poética escassa, foi importantíssima a sua actividade cultural. Bettencourt foi um dos fundadores da revista presença a que deu nome e que posteriormente abandonaria com Torga e Branquinho da Fonseca. Paralelamente foi com o guitarrista Artur Paredes um dos principais subvertores do tradicional fado de Coimbra. Graças a eles, o fado de Coimbra, incorporando elementos da canção popular tradicional, evoluiria para a balada que teria posteriormente expressão maior na voz de José Afonso. Depois de abandonar Coimbra, Edmundo de Bettencourt vive definitivamente em Lisboa continuando a publicar irregularmente os seus poemas.
Em 1963 publicou na Portugália Editora a sua obra completa. Herberto Helder escreve então um prefácio polémico e histórico pela original leitura da poesia portuguesa. Reconhece-se na poesia de Bettencourt originalidade imagética e mesmo pré-surrealista. Mas nem por isso Edmundo de Bettencourt ganhou o prestígio do areópago local.
Ao comemorar os 100 anos do autor de Poemas Surdos, pretende-se revisitar a sua obra na maioria esgotada há décadas.
Assim, a Assírio & Alvim apresenta a nova edição da sua obra ainda com a introdução actualizada de Herberto Helder.
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