Bilhetes de Colares
1982 -1998
Grande Prémio de Crónica APE 2009
ISBN:
978-972-37-1258-2
Edição/reimpressão:
07-2009
Editor:
Assírio & Alvim
Código:
78755
Coleção:
Peninsulares
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SINOPSE
Numa das quatro crónicas que, em começos de 1997, e
assinando José Cutileiro, escreveu para O Independente,
lemos: «Vivo no estrangeiro. […] Na minha cabeça, Portugal
tende a ser uma recordação fixa, como
quem, viajando num túnel, imaginasse a paisagem exterior a
partir da sua memória dela. Falta-me o embate constante
como o que se passe e com o que os outros forem achando
daquilo que se passe».
Haveria, pois, aqui e ali, sobreposições do cronista Kotter com o antropólogo Cutileiro. Poderão ter sido os dois a afirmarem, num bilhete: «Há muito tempo que não faço excursões pela província.» E noutro: «Já não tenho idade nem saúde para calcorrear Portugal de lés a lés e, pelo que me dizem, talvez não o reconhecesse.» Parece admissível que os «Bilhetes» tenham cessado no quadro de uma remodelação no último semanário onde saíam. Mas eles já haviam sobrevivido a outras convulsões. Pode igualmente admitir-se que o cronista via, ao fim de 16 anos, satisfatoriamente consumada essa aventura que nunca cessara de espantar Freddy Kotter: a de uma intervenção regular, e visível, em prestigiados pódios de opinião. Sem a ilusão de influir, decerto, mas com não menos disposição de afrontar.
Podemos ir mais longe, e supor que os «Bilhetes» serviram a divulgação — sob a adorável cifra de uma autoria estrangeira — de convicções e alvitres que o diplomata tinha de reservar aos gabinetes, quem sabe sob que mais elaborados códigos ainda. Álibi sofisticado, à falta de ser perfeito, os Bilhetes de Colares tiravam forças desta recusa de um mundo de palavras medidas que era, dia e noite, o de José Cutileiro.
Haveria, pois, aqui e ali, sobreposições do cronista Kotter com o antropólogo Cutileiro. Poderão ter sido os dois a afirmarem, num bilhete: «Há muito tempo que não faço excursões pela província.» E noutro: «Já não tenho idade nem saúde para calcorrear Portugal de lés a lés e, pelo que me dizem, talvez não o reconhecesse.» Parece admissível que os «Bilhetes» tenham cessado no quadro de uma remodelação no último semanário onde saíam. Mas eles já haviam sobrevivido a outras convulsões. Pode igualmente admitir-se que o cronista via, ao fim de 16 anos, satisfatoriamente consumada essa aventura que nunca cessara de espantar Freddy Kotter: a de uma intervenção regular, e visível, em prestigiados pódios de opinião. Sem a ilusão de influir, decerto, mas com não menos disposição de afrontar.
Podemos ir mais longe, e supor que os «Bilhetes» serviram a divulgação — sob a adorável cifra de uma autoria estrangeira — de convicções e alvitres que o diplomata tinha de reservar aos gabinetes, quem sabe sob que mais elaborados códigos ainda. Álibi sofisticado, à falta de ser perfeito, os Bilhetes de Colares tiravam forças desta recusa de um mundo de palavras medidas que era, dia e noite, o de José Cutileiro.
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CRÍTICAS DE IMPRENSA
«Sem os "Bilhetes de Colares" sabíamos todos muito menos sobre este país que tão generosamente nos acolhe no seu seio. E seríamos ainda mais sisudos do que já somos.»
Pedro Mexia, Público
Pedro Mexia, Público
DETALHES DO PRODUTO
Bilhetes de Colares
ISBN:
978-972-37-1258-2
Edição/reimpressão:
07-2009
Editor:
Assírio & Alvim
Código:
78755
Coleção:
Peninsulares
Idioma:
Português
Dimensões:
159 x 221 x 23 mm
Encadernação:
Capa mole
Páginas:
352
Tipo de Produto:
Livro
Classificação Temática:
Livros > Livros em Português > Literatura > Crónicas
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Bilhetes de Colares
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