Cartas de Amor de Fernando Pessoa e Ofélia Queiroz

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SINOPSE

Pela primeira vez, as cartas de amor de Fernando Pessoa e de Ofélia Queiroz são apresentadas em edição conjunta.

Uma edição conjunta é a forma mais adequada para dar a ler uma correspondência, que pressupõe sempre um diálogo, uma interação, a existência concreta de dois interlocutores. Cada carta é, em si mesma, ou a resposta a outra carta ou pretexto para ela. Até quando o destinatário opta por não responder, de algum modo, o seu silêncio se inscreve na carta seguinte. Assim, uma relação amorosa, sustentada epistolarmente, como a de Pessoa e Ofélia, só é, na verdade, entendível quando os dois discursos se cruzam e mutuamente se refletem.

Neste livro a ideia comum de que estaríamos perante um namoro platónico, sem réstia de erotismo, desfaz-se por inteiro. Vemos, enfim, surgir um Pessoa diferente do outro lado do espelho. Um Pessoa não só sujeito e manipulador da escrita, mas um Pessoa indefeso, objeto do discurso (e do afecto) de outrem, personagem de uma história real.
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COMENTÁRIOS DOS LEITORES

Delicioso
José Nogueira Pinto | 2014-02-23
Lindas Cartas Enamoradas, bem retratadas na Nota Introdutória por Código Amoroso, entre o Nininho, como afetuosamente Fernando Pessoa era tratado pela Ofélia Queirós, e a Ofelinha, ou Bebé, ou bonequinha, como carinhosamente Fernando Pessoa tratava Ofélia Queirós. Uma das muitas passagens adoráveis: “Tens então muitas dores na garganta meu amorzinho?! Se eu pudesse passá-las para mim como o faria de boa vontade!” Para todos os leitores desta obra magnífica, aqui deixo muitos jinhos.
Mais do que uma história da vida privada
Ricardo Coelho | 2013-12-04
Um livro que reúne, de forma exemplar - ao nível da edição dos textos originais e notas de rodapé, as cartas trocadas por Ofélia e Fernando entre 1919 e 1935. Mais do que uma recensão de correspondência, o livro traz-nos os dias do Poeta, a dedicação de Ofélia e a sua constante e crescente preocupação com o estilo de vida muito pouco saudável que este vai adoptando, causando-lhe a morte prematura em 1935, altura aliás do último telegrama trocado entre ambos. Recomendo vivamente.

DETALHES DO PRODUTO

Cartas de Amor de Fernando Pessoa e Ofélia Queiroz
ISBN: 978-972-0-79310-2
Edição/reimpressão: 06-2012
Editor: Assírio & Alvim
Código: 79310
Coleção: Pessoana
Idioma: Português
Dimensões: 146 x 205 x 23 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 368
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros > Livros em Português > Literatura > Epístolas e Cartas
Um dos maiores génios poéticos de toda a nossa literatura, conhecido mundialmente. A sua poesia acabou por ser decisiva na evolução de toda a produção poética portuguesa do século xx. Se nele é ainda notória a herança simbolista, Pessoa foi mais longe, não só quanto à criação (e invenção) de novas tentativas artísticas e literárias, mas também no que respeita ao esforço de teorização e de crítica literária. É um poeta universal, na medida em que nos foi dando, mesmo com contradições, uma visão simultaneamente múltipla e unitária da vida. É precisamente nesta tentativa de olhar o mundo duma forma múltipla (com um forte substrato de filosofia racionalista e mesmo de influência oriental) que reside uma explicação plausível para ter criado os célebres heterónimos – Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, sem contarmos ainda com o semi-heterónimo Bernardo Soares.
Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em 1888 (onde virá a falecer) e aos 7 anos partiu para a África do Sul com a sua mãe e o padrasto, que foi cônsul em Durban. Aqui fez os estudos secundários, obtendo resultados brilhantes. Em fins de 1903 faz o exame de admissão à Universidade do Cabo. Com esta idade (15 anos) é já surpreendente a variedade das suas leituras literárias e filosóficas. Em 1905 regressa definitivamente a Portugal; no ano seguinte matricula-se, em Lisboa, no Curso Superior de Letras, mas abandona-o em 1907. Decide depois trabalhar como «correspondente estrangeiro». Em 1912 estreia-se na revista A Águia com artigos de natureza ensaística. 1914 é o ano da criação dos três conhecidos heterónimos e em 1915 lança, com Mário de Sá-Carneiro, José de Almada Negreiros e outros, a revista Orpheu, que dá origem ao Modernismo. Entre a fundação de algumas revistas, a colaboração poética noutras, a publicação de alguns opúsculos e o discreto convívio com amigos, divide-se a vida pública e literária deste poeta.
Pessoa marcou profundamente o movimento modernista português, quer pela produção teórica em torno do sensacionismo, quer pelo arrojo vanguardista de algumas das suas poesias, quer ainda pela animação que imprimiu à revista Orpheu (1915). No entanto, quase toda a sua vida decorreu no anonimato. Quando morreu, em 1935, publicara apenas um livro em português, Mensagem (no qual exprime poeticamente a sua visão mítica e nacionalista de Portugal), e deixou a sua famosa arca recheada de milhares de textos inéditos.
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