Crónica, Saudade da Literatura
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SINOPSE
A modéstia levava-o a (des)considerar as crónicas como uma servidão diária que afirmava com humor só aceitar para alimentar a legião de gatos que tinha em casa e que só serviriam, como tudo o que é jornal e como diziam os velhos tipógrafos do JN num dito que ele tantas vezes citava, para embrulhar peixe no dia seguinte. Ou seja, as crónicas, até pelo seu registo diarístico (jornalístico), não possuiriam nenhum valor literário, seriam feitas como tudo o mais mas mais do que tudo «da matéria da morte e do esquecimento», anacrónicas fora da sua efémera duração, e como tal constituiriam uma dimensão menor, extraliterária, da sua obra. E no entanto, pelas suas características, essas crónicas fazem plenamente parte, de pleno direito, da obra literária de Manuel António Pina. Se ele definia a sua poesia, por complexas razões de poética que não cabe aqui explicar, como «saudade da prosa», as suas crónicas jornalísticas podem definir-se, de certo modo determinante da sua popularidade, como saudade da literatura.
A presente antologia, organizada por Sousa Dias, reúne as melhores crónicas de Manuel António Pina, de 1984 a 2012. As palavras dessas crónicas, e sobretudo o espírito dessas palavras que uma multidão de seguidores fazia suas nas suas anónimas indignações sociais, ficarão durante muito tempo a reverberar na memória dos leitores agora desamparados dessa voz.
A presente antologia, organizada por Sousa Dias, reúne as melhores crónicas de Manuel António Pina, de 1984 a 2012. As palavras dessas crónicas, e sobretudo o espírito dessas palavras que uma multidão de seguidores fazia suas nas suas anónimas indignações sociais, ficarão durante muito tempo a reverberar na memória dos leitores agora desamparados dessa voz.
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CRÍTICAS DE IMPRENSA
«[…] Manuel António Pina viu muito e combateu muito, deitando mão de uma finíssima ironia. Mas é quando as suas crónicas fogem à política e entram pelos caminhos mais intimistas do quotidiano que elas se elevam aos seus mais altos patamares.»
«Lê-las era uma delícia. Pela actualidade, acutilância, clareza e sentido de humor. Agora, podemos recordá-las sem ter de procurar os arquivos dos jornais e revistas para os quais Manuel António Pina escreveu as suas crónicas.»
«[…] É sintomático que, lendo esta generosa seleção de textos publicados entre 1984 e 2012, um leitor evoque pormenores de tantos deles, mesmo antigos. Podemos esquecer uma ou outra polémica, ou que Pina recebeu o Prémio Camões. Mas as crónicas não.»
DETALHES DO PRODUTO
Crónica, Saudade da Literatura
ISBN:
978-972-37-1684-9
Edição/reimpressão:
04-2013
Editor:
Assírio & Alvim
Código:
79346
Coleção:
Testemunhos
Idioma:
Português
Dimensões:
147 x 205 x 38 mm
Encadernação:
Capa mole
Páginas:
672
Tipo de Produto:
Livro
Classificação Temática:
Livros > Livros em Português > Literatura > Crónicas
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