Ensaiar

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ISBN: 978-972-37-1033-5
Edição/reimpressão: 08-2005
Editor: Assírio & Alvim
Código: 78555
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CRÍTICAS DE IMPRENSA

"Duas nazarenas dançam, unidas pelo ventre, como se fossem gémeas siamesas. Estão vestidas de igual, com aventais de rendas e blusas festivas. Um rapaz com saiote e asas de anjo olha, comunicando com o mar. Um rosto de diabo espreita entre a multidão. Quatro homens tapados com capas negras, das que usam as peixeiras, representam numa cegada. Uma banda de música toca a marcha de um dos bailes. Os seus membros estão todos embriagados. Um par de namorados abraça-se junto a uma fogueira. Um homem de saia e de barrete, sentado numa cervejaria, curte uma bebedeira em silêncio.
São cenas do Entrudo na Nazaré, de pessoas que vivem o Carnaval de um modo singular, exprimindo nesses dias de folia o sentir de coisas profundas que lhes vai na alma. É uma memória recente que reconvoca algo vivido e muita vez contado pelos mais velhos.
[…]
Esta loucura carnavalesca tem o seu início no dia de São Brás, a 3 de Fevereiro. Trata-se de uma festa totalmente pagã, dionisíaca, sem padres, nem missas, com fogueiras, danças, enchidos e vinho tinto. É o diabo que se solta. Rapazes e raparigas, ensaiados (mascarados) cada um a seu modo, qual deles o mais trapalhão, dançam em volta do Monte de São Brás, situado a alguma distância da vila. Cantam, saltam à fogueira, sobem ao Monte Siano para uma visita à capela e ao santo, beijam-se e prometem amores clandestinos entre si, preparando-se para as grandes noites de Carnaval. Esta cadeia de festividades só pára quando o Santo Entrudo é queimado a corpo inteiro na areia da praia, na quarta-feira de cinzas." (Jaime Rocha)

DETALHES DO PRODUTO

Ensaiar
ISBN: 978-972-37-1033-5
Edição/reimpressão: 08-2005
Editor: Assírio & Alvim
Código: 78555
Idioma: Português
Dimensões: 214 x 204 x 8 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 84
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros > Livros em Português > Arte > Fotografia

sobre os autores

Jaime Rocha, Nazaré, 1949. Estudou na Faculdade de Letras de Lisboa e viveu em França nos últimos anos da ditadura, até Abril de 1974.
Na poesia publicou, entre outros livros, Beber a Cor; A Pequena Morte/Esse Eterno Canto (díptico com Hélia Correia); A Perfeição das Coisas; Do Extermínio e a Tetralogia da Assombração: Os Que Vão Morrer; Zona de Caça; Lacrimatória e Necrophilia, este último Prémio Poesia do Pen Clube de 2011. No final de 2012 publica Mulher Inclinada com Cântaro.
Na ficção destacam-se os romances A Loucura Branca; Tonho e as Almas; Os Dias de Um Excursionista; Anotação do Mal (Prémio Ficção Pen Clube, 2008) e A Rapariga Sem Carne.
No teatro editou duas dezenas de peças, compiladas em alguns volumes como O Jogo da Salamandra e Azzedine e Outras Peças. Foi galardoado com o Grande Prémio APE de Teatro 1998, com O Terceiro Andar, texto incluído no volume O Construtor e, em 2000, com o Prémio Eixo Atlântico de Textos Dramáticos, com Seis Mulheres Sob Escuta. Em 2004 recebe o Grande Prémio Português de Teatro, com Homem Branco Homem Negro. Em 2011 edita em Coimbra, com a colaboração da APEC, Associação Portuguesa de Estudos Clássicos, Agamémnon – A Herança das Sombras e Filoctetes – A Condição do Guerreiro, os dois primeiros volumes da sua Trilogia da Guerra, uma revisitação aos mitos gregos.
Foram levadas à cena, entre outras, as peças Casa de Pássaros (TEC); Transviriato e O Mal de Ortov (Trigo Limpo Teatro Acert); O Jogo da Salamandra (Comuna /Teatro Público); Seis Mulheres Sob Escuta (Teatro da Trindade); Homens Como Tu (Útero); Homem Branco Homem Negro (Teatro Aberto) e Morcegos (teatro o bando).
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Fotógrafo português, nasceu no concelho da Anadia em 1954. Frequentou o Plano de Estudos em Fotografia AR.CO. entre 1986 e 1989, em Lisboa, e hoje é professor de Fotografia na ETEO de Caldas da Rainha.

Desde 1988 que Valter Vinagre apresenta exposições individuais, tendo também participado em diversas exposições coletivas, em Portugal e no estrangeiro.

Na sua bibliografia contam-se livros de fotografia, catálogos e ilustração de livros. Em 1989 recebeu a Menção Honrosa "Pinheiro Manso", da S.E.A e em 1999 recebeu o prémio da 6ª Bienal de Fotografia de Vila Franca de Xira.
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