O Colar

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SINOPSE

«Quando, em homenagem à Sophia, preparávamos o espectáculo Austeros Sinais, um dia, disse-nos ela que estava a escrever uma peça de teatro: O Colar. E deu-nos a ler o primeiro acto. Perguntava se gostávamos. Pedimos-lhe que acabasse porque a queríamos representar. Foi aí que surgiu a ideia deste espectáculo. Daí para a frente todos os anos programámos O Colar. Esperámos o tempo que a Sophia quis para acabar a peça. Houve várias versões do segundo acto. Finalmente chegou esta peça em três estranhos e diferentes actos. Que com grande alegria levámos à cena. E com o temor de quem lhe parece ter entre mãos uma coisa muito frágil e muito preciosa. Muito desejada e muito amada.» Prefácio de Luis Miguel Cintra
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DETALHES DO PRODUTO

O Colar
ISBN: 978-972-37-1716-7
Edição/reimpressão: 11-2013
Editor: Assírio & Alvim
Código: 79373
Idioma: Português
Dimensões: 148 x 205 x 11 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 136
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros > Livros em Português > Arte > Artes de Palco
Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu a 6 de novembro de 1919 no Porto, onde passou a infância. Entre 1939-1940 estudou Filologia Clássica na Universidade de Lisboa. Publicou os primeiros versos em 1940, nos Cadernos de Poesia. Em 1944 sai, em edição de autor, o seu primeiro livro de poemas, Poesia, título inaugural de uma obra incontornável que a torna uma das maiores vozes da poesia do século xx. Os seus livros estão traduzidos em várias línguas e foi muitas vezes premiada, tendo recebido, entre outros, o Prémio Camões 1999, o Prémio Poesia Max Jacob 2001 e o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana – a primeira vez que um português venceu este prestigiado galardão. Com uma linguagem poética quase transparente e íntima, ao mesmo tempo ancorada nos antigos mitos clássicos, Sophia evoca nos seus versos os objectos, as coisas, os seres, os tempos, os mares, os dias. Na sequência do seu casamento com o jornalista, político e advogado Francisco Sousa Tavares, em 1946, passou a viver em Lisboa. Foi mãe de cinco filhos, para quem começou a escrever contos infantis.
Em termos cívicos, a escritora caracterizou-se por uma atitude interventiva, tendo denunciado activamente o regime salazarista e os seus seguidores. Apoiou a candidatura do general Humberto Delgado e fez parte dos movimentos católicos contra o antigo regime, tendo sido um dos subscritores da «Carta dos 101 Católicos» contra a guerra colonial e o apoio da Igreja Católica à política de Salazar. Foi ainda fundadora e membro da Comissão Nacional de Apoio aos Presos Políticos. Após o 25 de Abril, foi eleita para a Assembleia Constituinte, em 1975, pelo círculo do Porto, numa lista do Partido Socialista. Foi também público o seu apoio à independência de Timor-Leste, conseguida em 2002.
Faleceu a 2 de julho de 2004, em Lisboa. Dez anos depois, em 2014, foram-lhe concedidas honras de Estado e os seus restos mortais foram trasladados para o Panteão Nacional.
No dia em que se celebrou o centenário do seu nascimento, a 6 de novembro de 2019, é-lhe concedido a título póstumo o Grande-Colar da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada.
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