Perguntem aos Vossos Gatos e aos Vossos Cães...

Perguntem aos Vossos Gatos e aos Vossos Cães...

(Fábula em um Prólogo, Cinco Cenas e um Epílogo)

ISBN: 978-972-37-0771-7
Edição/reimpressão: 08-2008
Editor: Assírio & Alvim
Código: 78488
Coleção: Assirinha
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SINOPSE

Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para apoio a projetos relacionados com as artes nos 3º, 4º, 5º e 6º anos de escolaridade.

Numa recensão sobre a literatura para a infância de Manuel António Pina(revista "malasartes", nº 2), Joana Matos Frias citava uma passagem do diário de Vergílio Ferreira, onde este dizia: "Um livro escrito para crianças tem de visar as crianças, naturalmente, mas aguentar-se numa nova leitura quando essas crianças forem adultos". E Pina, que começou a publicar livros para crianças faz agora 30 anos, é prova comprovada dessa reflexão. Os seus livros são fruto de sucessivas reedições, porque cativam crianças (e jovens, e adultos) hoje, como há três décadas. E cada novo livro seu é um acontecimento.
Chega-nos agora "Perguntem aos Vossos Gatos e aos Vossos Cães...", onde se mantém a parceria com o pintor Pedro Proença, autor dos desenhos, e onde Pina questiona, com muito humor, como seria a vida dos humanos se os animais fossem os seus donos. Trata-se, como refere o subtítulo, de uma fábula - com uma moral, portanto,- em um prólogo, cinco cenas e um epílogo. "Chegou a hora do espanto!/ Chegou o grande momento/ em que tudo é fingimento!/ (...) Chegou a hora de rirmos/ de nós mesmos e dos outros!"

E começa a história:
"Numa terra muito distante/ (Deus nos livre que fosse aqui)/ o Rei era o Elefante,/ o Primeiro-Ministro o Sagui./ Não se podia ser gente ali:/ (...) Vida de pessoa era vida de cão." E depois, funciona tudo ao contrário do nosso mundo. Os animais têm pessoas de estimação, algumas estão guardadas em gaiolas, dois homens querem fugir, roubam a chave da porta e vão ser julgados por isso. Colocam-se questões: os homens são melhores ou piores que os animais? Comportam-se melhor ou pior que eles? "Ou tem o homem razão/ e o animal também?/ Ou nenhum deles tem?/ Ou nenhum deles tem nem/ deixa de ter razão? (...) Perguntem aos vossos pais, perguntem/ às vossas mães!/ (...) Perguntem aos vossos gatos, perguntem/ aos vossos cães!"
Para pais, mães e filhos. (E, quem sabe, gatos e cães).
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DETALHES DO PRODUTO

Perguntem aos Vossos Gatos e aos Vossos Cães...
ISBN: 978-972-37-0771-7
Edição/reimpressão: 08-2008
Editor: Assírio & Alvim
Código: 78488
Coleção: Assirinha
Idioma: Português
Dimensões: 244 x 233 x 7 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 48
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros > Livros em Português > Plano Nacional de Leitura > 9-11 anos > Literatura
Jornalista e escritor, Manuel António Pina nasceu no ano de 1943, no Sabugal, na Beira Alta, e faleceu a 19 de outubro de 2012, no Porto. Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, em 1971, exerceu a advocacia e foi técnico de publicidade. Abraçou a carreira de jornalista no Jornal de Notícias, onde passou a editor. A sua colaboração nos media também se distribui pela rádio e pela televisão.
Autor de livros para a infância e juventude e de textos poéticos, a sua obra apresenta uma grande coesão estrutural e reflete uma grande criatividade, exige do leitor um profundo sentido crítico e descodificador."Brincando" com as palavras e os conceitos, num verdadeiro trocadilho, Manuel António Pina faz da sua obra um permanente "jogo de imaginação", tal labirinto que obriga a um verdadeiro trabalho de desconstrução para se encontrar a saída.
Afirmou-se como uma das mais originais vozes poéticas na expressão pós-pessoana da fragmentação do eu, manifestando, sobretudo a partir de Nenhum Sítio, sob a influência de T. S. Elliot, Milton ou Jorge Luis Borges, uma tendência para a exploração das possibilidades filosóficas do poema, transportando a palavra poética "quer para a investigação do processo de conhecimento quer para a investigação do processo de existência literária" (cf. MARTINS, Manuel Frias - Sombras e Transparências da Literatura, Lisboa, INCM, 1983, p. 72).
Transmissora de valores, muita da sua obra infantil e juvenil é selecionada para fazer parte dos manuais escolares, sendo também integrada em antologias portuguesas e espanholas.
Os seus textos dramáticos são frequentemente representados por grupos e companhias de teatro de todo o país e a sua ficção tem constituído o suporte de alguns programas de entretenimento televisivo, de que é exemplo a série infantil de doze episódios Histórias com Pés e Cabeça, 1979/80.
Como escritor, é autor de vários títulos de poesia, novelas, textos dramáticos e ensaios, entre os quais: em poesia - Nenhum Sítio (1984), O Caminho de Casa (1988), Um Sítio Onde pousar a Cabeça (1991), Algo Parecido Com Isto da Mesma Substância (1992); Farewell Happy Fields (1993), Cuidados Intensivos (1994), Nenhuma Palavra e Nenhuma Lembrança (1999), Le Noir (2000), Os Livros (2003); em novela - O Escuro (1997); em texto dramático - História com Reis, Rainhas, Bobos, Bombeiros e Galinhas (1984), A Guerra Do Tabuleiro de Xadrez (1985); no ensaio - Anikki - Bóbó (1997); na crónica - O Anacronista (1994); e, finalmente, na literatura infantil - O País das Pessoas de Pernas para o Ar (1973), Gigões e Anantes (1978), O Têpluquê (1976), O Pássaro da Cabeça (1983), Os Dois Ladrões (1986), Os Piratas (1986), O Inventão (1987), O Tesouro (1993), O Meu Rio é de Ouro (1995), Uma Viagem Fantástica (1996), Morket (1999), Histórias que me contaste tu (1999), O Livro de Desmatemática e A Noite, obra posta em palco pela Companhia de Teatro Pé de Vento, com encenação de João Luís.
A sua obra tem merecido, frequentemente, destaque, tendo sido já homenageado com diversos prémios, como, por exemplo, o Prémio Literário da Casa da Imprensa, em 1978, por Aquele Que Quer Morrer; o Grande Prémio Gulbenkian de Literatura para Crianças e Jovens e a Menção do Júri do Prémio Europeu Pier Paolo Vergerio da Universidade de Pádua, em 1988, por O Inventão; o Prémio do Centro Português de Teatro para a Infância e Juventude, em 1988, pelo conjunto da obra; o Prémio Nacional de Crónica Press Clube/Clube de Jornalistas, em 1993, pelas suas crónicas; o Prémio da Crítica da Associação Portuguesa de Críticos Literários, em 2001, por Atropelamento e Fuga; e o Prémio de Poesia Luís Miguel Nava e o Grande Prémio de Poesia da APE/CTT, ambos pela obra Os Livros, recebidos em 2005. Em 2011 foi-lhe atribuído o Prémio Camões. Já a título póstumo foi ainda galardoado com o Prémio de Poesia Teixeira de Pascoaes, pelo livro «Como se Desenha uma Casa», e com o Prémio Especial da Crítica dos Prémios de Edição Ler/Booktailors 2012, pelo livro Todas as Palavras – Poesia Reunida.

Manuel António Pina. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011.
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