Vazio seguido de A Vida da Vida
ISBN:
978-972-37-1565-1
Edição/reimpressão:
11-2010
Editor:
Assírio & Alvim
Código:
79046
Coleção:
Arte e Produção
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CRÍTICAS DE IMPRENSA
«(O enigma da arte estará nisso: fazer do medo desconhecido—
melhor: do medo do desconhecido—o seu motivo secretamente
inspirador: sons e imagens, se posso dizê-lo outra
vez, que nos assombram. A arte não passou, não passa “da
idade do medo”. Mas, precisamente por isso, ela tem algo a
ensinar aos homens que visivelmente não sabem o que fazer
com o medo (com o medo primordial) que os domina e os divide
em dominados e dominantes.)»
«Terá sido também lá que a luz começou a escavar, a concavar a matéria.
E como a forma da luz é o vazio, a forma mais profunda dessa escavação é o olho. O olho é o vazio escavado pela própria luz na matéria. É a escavação cega que a luz deu à luz.
Sem esse vazio, a matéria não distinguiria a direcção e a fonte de luz; sem ele, não haveria imagem—mas somente o claro e o escuro, a noite e o dia. E assim apenas, talvez, o pressentimento (o pré-sentimento) do medo. Desse medo tão arcaico do escuro.
Esse vazio não é portanto o nada—de resto, o vazio nunca foi confundido com o nada na história da física (nem, num outro sentido, na história da metafísica). Ele é o que resta de material quando se procura anular toda a matéria (toda a materialidade objectiva). O vazio é a matéria inanulável—aquilo a que, na extremidade daquela história, se deu o nome de espaço-tempo (e que Kant pensou como condições—formas vazias ou puras—da sensibilidade). Ora, escavar umvazio luminoso namatéria é abri-la a umespaço-tempo outro: distinto do espaço que ocupa essa matéria, e diferente do tempo próprio dessa mesma matéria (do tempo do seu metabolismo, por exemplo).»
«Terá sido também lá que a luz começou a escavar, a concavar a matéria.
E como a forma da luz é o vazio, a forma mais profunda dessa escavação é o olho. O olho é o vazio escavado pela própria luz na matéria. É a escavação cega que a luz deu à luz.
Sem esse vazio, a matéria não distinguiria a direcção e a fonte de luz; sem ele, não haveria imagem—mas somente o claro e o escuro, a noite e o dia. E assim apenas, talvez, o pressentimento (o pré-sentimento) do medo. Desse medo tão arcaico do escuro.
Esse vazio não é portanto o nada—de resto, o vazio nunca foi confundido com o nada na história da física (nem, num outro sentido, na história da metafísica). Ele é o que resta de material quando se procura anular toda a matéria (toda a materialidade objectiva). O vazio é a matéria inanulável—aquilo a que, na extremidade daquela história, se deu o nome de espaço-tempo (e que Kant pensou como condições—formas vazias ou puras—da sensibilidade). Ora, escavar umvazio luminoso namatéria é abri-la a umespaço-tempo outro: distinto do espaço que ocupa essa matéria, e diferente do tempo próprio dessa mesma matéria (do tempo do seu metabolismo, por exemplo).»
DETALHES DO PRODUTO
Vazio seguido de A Vida da Vida
ISBN:
978-972-37-1565-1
Edição/reimpressão:
11-2010
Editor:
Assírio & Alvim
Código:
79046
Coleção:
Arte e Produção
Idioma:
Português
Dimensões:
171 x 210 x 6 mm
Encadernação:
Capa mole
Páginas:
48
Tipo de Produto:
Livro
Classificação Temática:
Livros > Livros em Português > Arte > Estilos e Influências
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