Destinado a galardoar, a cada dois anos, uma obra poética em português, em primeira edição e de autor português, o Prémio Nacional de Poesia António Ramos Rosa foi instituído pelo Município de Faro em 1999, em homenagem ao poeta nascido naquela cidade algarvia.
O galardão, no valor pecuniário de 5.000 euros, contou mais uma vez com o alto patrocínio da Fundação Milénio BCP e o apoio da Direção Regional de Cultura do Algarve, Universidade do Algarve, Jornal de Letras, Tertúlia Algarvia, Hotéis EVA SENSES e Região de Turismo do Algarve.
O júri constituído pelo poeta e professor Luís Quintais, pela professora Ana Isabel Soares (Universidade do Algarve) e pela jornalista Inês Fonseca Santos decidiu, por unanimidade, atribuir o prémio à antologia Poemas, «fundamentalmente» pelo livro inédito Carrocel, nela incluído. «Uma viagem através de uma “transportadora transdisciplinar”, que, mais do que espaços, percorre tempos […] Foi esta amplitude temporal, que inscreve em verso um lugar de nós, lugar de entendimento e leitura transversal a todo o ser humano ocidental – capaz de ler o que de si se distancia, ainda que inapelavelmente radicado no tempo atual [...] que o júri pretendeu reconhecer com a atribuição deste prémio a António Franco Alexandre.
A cerimónia de entrega do prémio terá lugar a 28 de outubro, pelas 16h00, no Auditório da Biblioteca Municipal de Faro António Ramos Rosa.
SOBRE O AUTOR
António Franco Alexandre nasceu a 17 de junho de 1944, em Viseu. Fez os seus estudos académicos nas áreas de Matemática e Filosofia em França (primeiro, em Toulouse, depois em Paris) e nos EUA (Harvard). Após o seu regresso a Portugal, em 1975, é convidado para professor de Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde lecionou até meados de 2009. Embora se tenha estreado como poeta ainda na década de sessenta, é sobretudo a partir da publicação de Sem Palavras nem Coisas (1974) que a sua obra se afirmou. Uma voz incontornável no nosso panorama literário, são suas algumas das obras mais significativas da poesia portuguesa contemporânea: Os Objectos Principais (1979), A Pequena Face (1983 – Grande Prémio de Poesia do PEN Clube Português), Quatro Caprichos (1999 – Prémio Luís Miguel Nava, Grande Prémio APE de Poesia), Duende (2002 – Prémio D. Dinis e Prémio Correntes d'Escritas), Aracne (2004) e Poemas (2021 - Grande Prémio de Poesia Diogo Bernardes APE/ Câmara Municipal de Ponte da Barca).