Baseado numa profunda investigação, o presente volume revela a dimensão ensaística de um autor já sobejamente apreciado pela elegância da sua narrativa literária. Em Castélio contra Calvino, Stefan Zweig assina um estudo sobre a perseguição à liberdade de espírito.
Esta é a história, assustadoramente atual, de Sebastião Castélio, um homem que se opôs e acusou publicamente João Calvino de fanatismo e homicídio. Uma crítica direta à guerra e, principalmente, um grande louvor à tolerância.
O livro já se encontra em pré-venda e estará disponível nas livrarias a 21 de setembro.
«[…] os verdadeiros heróis da humanidade não são os que edificam os seus reinos efémeros sobre milhões de sepulturas e existências destroçadas, mas sim, precisamente, aqueles que, opositores da violência, a ela sucumbem […].» Stefan Zweig
SOBRE O LIVRO
Um livro fascinante sobre o objetor de consciência Sebastião Castélio, que se interpôs no caminho de João Calvino e na sua tentativa de educar os cidadãos de Genebra pela lei da forca. Partindo das lutas entre protestantes no século XVI, Stefan Zweig reflete sobre os perigos dos nacionalismos e o terror desencadeado por um homem só. Nas palavras da tradutora, Sara Seruya, este é um «grande ensaio contra o fanatismo e o totalitarismo, escrito em 1936, que relata episódios sangrentos relacionados com lutas intestinas entre facções dos adeptos da Reforma protestante desencadeada por Martinho Lutero».
SOBRE A AUTOR
Stefan Zweig nasceu a 28 de novembro de 1881 em Viena e é um dos mais importantes autores europeus da primeira metade do século xx. Dedicou-se a quase todas as atividades literárias: foi poeta, ensaísta, dramaturgo, novelista, contista, historiador e biógrafo. De ascendência judaica, empreendeu em 1934 um exílio voluntário da Áustria, então sob domínio do regime fascista de Dollfuss (austrofascismo), e viveu na Inglaterra, nos Estados Unidos da América e no Brasil, onde viria a morrer em 1942. Da sua extensa obra, destacam-se as novelas Amok (1922) e Confusão de Sentimentos (1927), a biografia Magalhães, o Homem e o seu Feito (1938), o ensaio Brasil, País do Futuro (1941) e a autobiografia O Mundo de Ontem (1942). Novela de Xadrez foi a sua obra derradeira, concluída pouco antes do seu suicídio, a 22 de fevereiro de 1942.