Poesia

avaliação dos leitores (8 comentários)
(8 comentários)
Formatos disponíveis
44,00€ I
-10%
PORTES
GRÁTIS
EM
STOCK
COMPRAR
-10%
PORTES
GRÁTIS
EM
STOCK
44,00€ I
COMPRAR
I 10% DE DESCONTO EM CARTÃO
I EM STOCK
I PORTES GRÁTIS

CRÍTICAS DE IMPRENSA

Trata-se, quanto a mim, de um dos mais importantes factos editoriais deste ano, a par das edições de Eugénio de Andrade e de Ruy Cinatti, também com a mesma chancela editorial. Mas essa importância deve-se ao rasgo de genialidade do nosso maior surrealista que, na verdade, transcende a mera etiqueta periodológica em que, ao longo das décadas, foi sendo posto. Cesariny, também artista plástico, merece ser lido para além desse rótulo.
António Carlos Cortez, JL
«Mário Cesariny é, indubitavelmente, o surrealista português que mais profundamente cravou o seu nome na investida portuguesa pelo movimento, fruto de uma natural sintonia entre a sua personalidade e os pressupostos estéticos desta corrente. Uma reunião de livros com a poesia de Cesariny num único volume é uma dádiva editorial a saudar, efusivamente.»
João Morales, Time Out lisboa (5 *****)

COMENTÁRIOS DOS LEITORES

Essencial
João | 2021-09-11
Uma obra essencial para qualquer adepto das palavras de Mário Cesariny, não só os adeptos da poesia surrealista portuguesa (como António Maria Lisboa e tantos outros), mas também para quem aprecia a arte das palavras.
Poesia Reunida
Diogo Pinto | 2020-08-19
Um dos grandes vultos da poesia portuguesa e do surrealismo em toda a sua expansão. Uma das vantagens de reunir a poesia numa só obra é evitar a desorganização de livros e acima de tudo, apesar de serem edições mais caras, tornam-se mais baratas fazendo as contas. Uma obra para os que amam poesia.

DETALHES DO PRODUTO

Poesia
ISBN: 978-972-37-1966-6
Edição/reimpressão: 11-2017
Editor: Assírio & Alvim
Código: 79365
Idioma: Português
Dimensões: 170 x 247 x 45 mm
Encadernação: Capa dura
Páginas: 776
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros > Livros em Português > Literatura > Poesia
Poeta, autor dramático, crítico, ensaísta, tradutor e artista plástico português, nasceu a 9 de agosto de 1923, em Lisboa, e morreu a 26 de novembro de 2006, também naquela cidade.
Depois de ter estudado no Liceu Gil Vicente, entrou para Arquitetura da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, onde frequentou o primeiro ano, e mudou depois para a Escola de Artes Decorativas António Arroio. Depois de ter frequentado esta escola, prosseguiu estudos de belas-artes em Paris, tendo, ainda, estudado música com o compositor Fernando Lopes Graça.
Figura maior do surrealismo português, a influência que viria a exercer sobre as gerações poéticas reveladas nas décadas posteriores aos anos 50, período durante o qual publicou alguns dos seus títulos mais significativos, ainda não foi suficientemente avaliada. Promoveu a técnica conhecida por "cadáver esquisito", que consistia na elaboração de uma obra por um grupo de pessoas, num processo em cadeia criativa, na qual cada uma dava seguimento à criatividade da anterior, resultando numa espécie de colagem de palavras, a partir apenas de um acordo inicial quanto à estrutura frásica.
Colaborou em várias publicações periódicas como Jornal de Letras e Artes e Cadernos do Meio-Dia, entre outras. Começou por se interessar pelo movimento neorealista - ainda que essa breve incursão não tenha ultrapassado mais que uma postura irónica e paródica, firmada em Nicolau Cansado Escritor - para, em 1947, regressado de Paris, onde frequentou a Academia de La Grande Chaumière e onde conheceu André Breton, fundar o movimento surrealista português.
A sua postura polémica na defesa de um surrealismo autêntico levou-o, porém, a deixar o grupo no ano seguinte, para criar, com Pedro Oom e António Maria Lisboa, o grupo surrealista dissidente.
Como um dos principais críticos e teóricos do movimento surrealista, manteve ao longo da sua carreira inúmeras polémicas literárias, quer contra os detratores do surrealismo quer contra os que, na prática literária, o desvirtuavam.
A sua obra poética começou por refletir, em Corpo Visível ou Discurso Sobre a Reabilitação do Real Quotidiano, o gosto pela observação irónica da realidade urbana que, fazendo-se eco de Cesário Verde, constitui ainda uma fase pouco significativa relativamente a volumes próximos da prática surrealista como Manual de Prestidigitação. Aí, a mordacidade e o absurdo, o recurso ao insólito, aliados a uma discursividade que raramente envereda por um nonsense radical, como ocorre na obra de António Maria Lisboa, permitem estabelecer, como nenhum outro autor da década de 50, um ponto de equilíbrio entre o primeiro modernismo e a revolução surrealista.
No domínio do teatro, em Um Auto Para Jerusalém, pastiche de um conto de Luís Pacheco, revela a influência de Pirandello ou da prática teatral de Alfred Jarry. No fim da década de 60 e início de 70, Mário de Cesariny encetou um trabalho de reposição da verdade histórica do movimento surrealista, coligindo os seus manifestos, editando a obra poética inédita de alguns dos seus representantes, e dando ao prelo textos seus datados do período de maior envolvimento com a teoria e prática do surrealismo, como 19 Projectos de Prémio Aldonso Ortigão seguidos de Poemas de Londres (1971), ou Primavera Autónoma das Estradas (1980) ou Titânia (1977).
Em 2005, recebeu a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade, entregue pelo então Presidente da República, Jorge Sampaio, e, em novembro desse mesmo ano, foi galardoado com o Grande Prémio Vida Literária, uma homenagem à sua notável contribuição para a literatura portuguesa.
Ver Mais