2018-05-24

A meia-noite. Visão estelar de um momento de guerra

Uma nova visão sobre a Primeira Guerra Mundial escrita por um dos grandes autores espanhóis do século XX

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No ano em que se celebra o centenário do fim da Primeira Guerra Mundial, a Assírio & Alvim publica, a 24 de maio, A meia-noite. Visão estelar de um momento de guerra, de Ramón del Valle-Inclán, um livro que reúne impressões recolhidas pessoalmente pelo célebre autor espanhol nas trincheiras da Primeira Guerra, que visitou em 1916 a convite do Governo francês.

A propósito de A meia-noite, Pedro Ventura, tradutor da obra, diz-nos na sua introdução que neste livro «durante muito tempo relegado dentro da sua obra e mal estudado, mas de grande valor literário, Valle-Inclán oferece […] uma visão total e inovadora da guerra numa narrativa radicalmente moderna, que representa por sua vez um ponto de inflexão na sua trajetória, situando-o na senda da renovação dos géneros literários no século XX.»

SOBRE O AUTOR

Ramón del Valle-Inclán foi dramaturgo, poeta e romancista. É considerado um dos autores espanhóis mais importantes do século XX. Nasceu em Pontevedra em 1866, numa família da aristocracia galega com convicções liberais. Em 1895 publica o seu primeiro livro, Femininas. Instala-se em Madrid, onde vai publicando contos, traduções, artigos, até que, em 1902, publica Sonata de Outono, iniciando uma das mais inovadoras obras literárias de Espanha, reconhecida internacionalmente. Seguem-se as demais Sonatas (1903-1905) e diversas peças de teatro. Em 1920 publica, entre outras, as peças Divinas Palavras e Luzes de Boémia, o seu primeiro esperpento, termo que inventou para designar a sua peculiar maneira de deformar o mundo, mordaz, dramática, grotesca. De 1926 é o seu romance mais célebre, Tirano Banderas. A instauração da República em 1931 trouxe-lhe algum reconhecimento público, e chegou a ser presidente do Ateneo de Madrid (1932). Morreu em Santiago de Compostela, aos 69 anos, em 1936.