2020-10-06

Adília Lopes desenha nova geografia do confinamento

Dias e Dias, um livro escrito entre março e junho deste ano

Partilhar:

Mais do que a experiência de um confinamento entre quatro paredes, em Dias e Dias, Adília Lopes constrói um diálogo entre as memórias, presentes e passadas, dos objetos, das divisões da casa e as ruas, as flores e os edifícios que povoam estas páginas de reflexão. «É possível fazer o símbolo do infinito a entrar e a sair pelas portas deste quarto», escreve a autora na obra que versa sobre os seus temas prediletos — a geografia do lar, os tempos de infância, as rotinas quotidianas e a beleza das coisas simples — com a peculiar e desarmante sensibilidade que tanto a caracteriza.

 

O livro estará disponível nas livrarias a 8 de outubro.

 

Quarentena

 

Estar em casa

estar a estar

dias e dias

26-IV-2020 — 11h14

 

A autora

 

Pseudónimo literário de Maria José da Silva Viana Fidalgo de Oliveira, Adília Lopes nasceu em Lisboa, em 1960. Frequentou a licenciatura em Física, na Universidade de Lisboa, que viria a abandonar quando já estava prestes a completá-la. Começa a publicar a sua poesia em 1984, no Anuário de Poetas não Publicados da Assírio & Alvim. Um ano antes, inicia uma nova licenciatura, em Literatura e Linguística Portuguesa e Francesa, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Pelo meio, publica o seu primeiro livro de poesia, Um Jogo Bastante Perigoso, em edição de autor (1985). Em 2000 será a vez de Obra, a reunião da sua poesia e, em 2009, Dobra, que amplia a edição anterior com o que, entretanto, foi publicado, tal como de resto acontece com a mais recente edição de 2014, também ela aumentada e revista. Tem colaborado em diversos jornais e revistas, em Portugal e no estrangeiro, com poemas, artigos e poemas traduzidos.