A Educação do Estoico (eBook)

o único manuscrito do Barão de Teive

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SINOPSE

Pessoa chamou a Bernardo Soares um semi-heterónimo, definição que pode aplicar-se igualmente ao Barão de Teive, por este ser também uma «mutilação» da personalidade do seu criador. O fidalgo encerra as pretensões à aristocracia nutridas por Pessoa, a sua notória timidez, sobretudo no campo do amor, a sua frustração por não conseguir acabar os seus projetos e o seu entranhado vício da razão. É essa implacável razão que, perante tantas ambições irrealizadas ou irrealizáveis, o levará a matar-se. Antes de dar esse passo definitivo, lança fogo a todas as suas obras inacabadas e escreve este seu último manuscrito, A Educação do Estoico, que será, diz ele, não uma confissão mas uma definição de si mesmo.
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DETALHES DO PRODUTO

A Educação do Estoico (eBook)
ISBN: 978-972-37-2045-7
Edição/reimpressão: 03-2019
Editor: Assírio & Alvim
Código: 67674
Coleção: Pessoa Breve
Idioma: Português
Tipo de Produto: eBook
Classificação Temática: eBooks > eBooks em Português > Literatura > Memórias e Testemunhos
Um dos maiores génios poéticos de toda a nossa literatura, conhecido mundialmente. A sua poesia acabou por ser decisiva na evolução de toda a produção poética portuguesa do século xx. Se nele é ainda notória a herança simbolista, Pessoa foi mais longe, não só quanto à criação (e invenção) de novas tentativas artísticas e literárias, mas também no que respeita ao esforço de teorização e de crítica literária. É um poeta universal, na medida em que nos foi dando, mesmo com contradições, uma visão simultaneamente múltipla e unitária da vida. É precisamente nesta tentativa de olhar o mundo duma forma múltipla (com um forte substrato de filosofia racionalista e mesmo de influência oriental) que reside uma explicação plausível para ter criado os célebres heterónimos – Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, sem contarmos ainda com o semi-heterónimo Bernardo Soares.
Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em 1888 (onde virá a falecer) e aos 7 anos partiu para a África do Sul com a sua mãe e o padrasto, que foi cônsul em Durban. Aqui fez os estudos secundários, obtendo resultados brilhantes. Em fins de 1903 faz o exame de admissão à Universidade do Cabo. Com esta idade (15 anos) é já surpreendente a variedade das suas leituras literárias e filosóficas. Em 1905 regressa definitivamente a Portugal; no ano seguinte matricula-se, em Lisboa, no Curso Superior de Letras, mas abandona-o em 1907. Decide depois trabalhar como «correspondente estrangeiro». Em 1912 estreia-se na revista A Águia com artigos de natureza ensaística. 1914 é o ano da criação dos três conhecidos heterónimos e em 1915 lança, com Mário de Sá-Carneiro, José de Almada Negreiros e outros, a revista Orpheu, que dá origem ao Modernismo. Entre a fundação de algumas revistas, a colaboração poética noutras, a publicação de alguns opúsculos e o discreto convívio com amigos, divide-se a vida pública e literária deste poeta.
Pessoa marcou profundamente o movimento modernista português, quer pela produção teórica em torno do sensacionismo, quer pelo arrojo vanguardista de algumas das suas poesias, quer ainda pela animação que imprimiu à revista Orpheu (1915). No entanto, quase toda a sua vida decorreu no anonimato. Quando morreu, em 1935, publicara apenas um livro em português, Mensagem (no qual exprime poeticamente a sua visão mítica e nacionalista de Portugal), e deixou a sua famosa arca recheada de milhares de textos inéditos.
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