O Anjo Mudo

avaliação dos leitores (4 comentários)
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ISBN: 978-972-37-0519-5
Edição/reimpressão: 09-2000
Editor: Assírio & Alvim
Código: 78355
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SINOPSE

O Anjo Mudo reúne quase todos os textos do autor publicados em revistas, catálogos de exposições de pintura e de fotografia, e ainda alguns inéditos - assim como uma boa parte dos textos que foram lidos em público e agora, pela primeira vez, se publicam.

O arrumo dos textos não teve em conta nenhuma cronologia; e, nalguns casos, não surgem aqui no grupo a que inicialmente pertenciam.
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COMENTÁRIOS DOS LEITORES

Rico
Paulo Pereira | 2019-09-14
Dentro do estilo do autor, uma escrita intimista e pessoal. Al Berto, o nosso António Variações da escrita.
"Nenhuma palavra escrita fica intacta, arde, queima-me os dedos..."
Sofia Micalli | 2019-01-01
Dos mais belos escritos de Al Berto. “- Dantes, eras uma visão. Sentia uma luz acender-se na pele e eras tu. Hoje, preparo e bebo venenos para que o brilho daquilo que já não és venha ao de cima, se solte do sangue e estremeça, cintile, e não se apague.” Cheio da sua maravilhosa sensibilidade. Livro para ler e chegar ao fim e recomeçar. E recomeçar e recomeçar sempre...

DETALHES DO PRODUTO

O Anjo Mudo
ISBN: 978-972-37-0519-5
Edição/reimpressão: 09-2000
Editor: Assírio & Alvim
Código: 78355
Idioma: Português
Dimensões: 135 x 205 x 13 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 160
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros > Livros em Português > Literatura > Memórias e Testemunhos

sobre Al Berto

Poeta e editor português, de nome completo Alberto Raposo Pidwell Tavares, nasceu a 11 de janeiro de 1948, em Coimbra, e faleceu a 13 de junho de 1997, em Lisboa. Tendo vivido até à adolescência em Sines, exilou-se, entre 1967 e 1975, em Bruxelas, dedicando-se, entre outras actividades, ao estudo de Belas-Artes. Publicou o primeiro livro dois anos depois de regressar a Portugal.
Em mais de vinte anos de atividade literária, a expressão poética assumida por Al Berto, o pseudónimo do autor, distingue-se de qualquer outra experiência contemporânea pela agressividade (lexical, metafórica, da construção do discurso) com que responde à disforia que cerca todos os passos do homem num universo que lhe é hostil. Trazendo à memória as experiências poéticas de Michaux ou de Rimbaud, é no próprio sofrimento, na sua violenta exaltação, na capacidade de o tornar insuportavelmente presente (nas imagens de uma cidade putrefacta, na obsidiante recorrência da morte e do mal, sob todas as suas formas) que a palavra encontra o seu poder exorcizante, combatendo o mal com o mal. É neste sentido que Ramos Rosa fala de uma "poesia da violência do mundo e da realidade insuportável": "a opacidade do mal ou a agressividade do mundo é tão intensa que provoca um choque e um desmoronamento geral", mas "à violência desta destruição responde o poeta com uma violenta negatividade que é uma pulsão de liberdade absoluta, que procura por todos os meios o seu espaço vital.", sublinhando ainda a forma como esta espécie de "grito de fragilidade extrema e irredutível do ser humano, do seu desamparado infinito, da sua revolta absoluta e sem esperança", se consubstancia, ao nível do estilo, num ritmo "ofegante, precipitado, como um assalto contínuo feito de palavras tão violentas como instrumentos de guerra" (cf. ROSA, António Ramos - A Parede Azul. Estudos Sobre Poesia e Artes Plásticas, Lisboa, Caminho, 1991, pp. 120-121). No domínio editorial, a sua atividade pautou-se pela isenção e certa ousadia relativamente às políticas comerciais livreiras dominantes.
Inicialmente seguindo uma estética surrealizante de temática erótica, em O Anjo Mudo (1993) funde prosa e poesia, exprime intertextualidades, numa viagem marginal e purificadora. A quase totalidade da sua obra poética encontra-se coligida em O Medo.
Foi galardoado com o Prémio Pen Club de Poesia em 1987.
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