Sobre a Arte Literária

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SINOPSE

«A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida», podemos ler no Livro do Desassossego, e também, no mesmo livro: «Toda a literatura consiste num esforço para tornar a vida real.» Para além de ler e escrever muitos textos de poesia, ficção e teatro, Fernando Pessoa refletiu longamente sobre a essência, a história e o futuro da literatura, comparou-a com as outras artes (como a música e a pintura), e gastou muita tinta a tecer críticas sobre autores e livros. A presente antologia reúne alguns dos seus melhores escritos sobre a arte literária.
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COMENTÁRIOS DOS LEITORES

Não de Leitura Obrigatória mas ... Um Ganho Extraordinário
Ana Gonçalves | 2024-11-25
Uma coletânea de textos, alguns publicados durante a vida do autor e outros que podem ser considerados apenas pequenos apontamentos. Esta obra permite-nos ver a diferença entre os textos revisados, os publicados, e os textos sem revisões do autor, permitindo ver a diferença entre o inacabado, o completo e o polimento necessário para passar de um para o outro. Esta obra dá-nos a conhecer uma face de Fernando Pessoa, diferente do escritor, a do leitor, através de alguns textos sobre outros autores.

DETALHES DO PRODUTO

Sobre a Arte Literária
ISBN: 978-972-37-2042-6
Edição/reimpressão: 06-2018
Editor: Assírio & Alvim
Código: 79503
Coleção: Pessoa Breve
Idioma: Português
Dimensões: 130 x 198 x 15 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 192
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros > Livros em Português > Literatura > Ensaios
Um dos maiores génios poéticos de toda a nossa literatura, conhecido mundialmente. A sua poesia acabou por ser decisiva na evolução de toda a produção poética portuguesa do século xx. Se nele é ainda notória a herança simbolista, Pessoa foi mais longe, não só quanto à criação (e invenção) de novas tentativas artísticas e literárias, mas também no que respeita ao esforço de teorização e de crítica literária. É um poeta universal, na medida em que nos foi dando, mesmo com contradições, uma visão simultaneamente múltipla e unitária da vida. É precisamente nesta tentativa de olhar o mundo duma forma múltipla (com um forte substrato de filosofia racionalista e mesmo de influência oriental) que reside uma explicação plausível para ter criado os célebres heterónimos – Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, sem contarmos ainda com o semi-heterónimo Bernardo Soares.
Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em 1888 (onde virá a falecer) e aos 7 anos partiu para a África do Sul com a sua mãe e o padrasto, que foi cônsul em Durban. Aqui fez os estudos secundários, obtendo resultados brilhantes. Em fins de 1903 faz o exame de admissão à Universidade do Cabo. Com esta idade (15 anos) é já surpreendente a variedade das suas leituras literárias e filosóficas. Em 1905 regressa definitivamente a Portugal; no ano seguinte matricula-se, em Lisboa, no Curso Superior de Letras, mas abandona-o em 1907. Decide depois trabalhar como «correspondente estrangeiro». Em 1912 estreia-se na revista A Águia com artigos de natureza ensaística. 1914 é o ano da criação dos três conhecidos heterónimos e em 1915 lança, com Mário de Sá-Carneiro, José de Almada Negreiros e outros, a revista Orpheu, que dá origem ao Modernismo. Entre a fundação de algumas revistas, a colaboração poética noutras, a publicação de alguns opúsculos e o discreto convívio com amigos, divide-se a vida pública e literária deste poeta.
Pessoa marcou profundamente o movimento modernista português, quer pela produção teórica em torno do sensacionismo, quer pelo arrojo vanguardista de algumas das suas poesias, quer ainda pela animação que imprimiu à revista Orpheu (1915). No entanto, quase toda a sua vida decorreu no anonimato. Quando morreu, em 1935, publicara apenas um livro em português, Mensagem (no qual exprime poeticamente a sua visão mítica e nacionalista de Portugal), e deixou a sua famosa arca recheada de milhares de textos inéditos.
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