Sobre Orpheu e o Sensacionismo

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SINOPSE

O Sensacionismo, como movimento e programa teórico, pertence à década de 1910, mas os seus princípios estão presentes em todas as fases da obra de Pessoa. Consubstanciado nos heterónimos Caeiro, Reis e Campos (cada um representando uma faceta diferente dele), acaba por abranger o Paulismo e o Interseccionismo. Além disso, o Sensacionismo está estreitamente ligado a Orpheu, revista organizada por Pessoa e Mário de Sá-Carneiro que tem dois números marcantes em 1915. A presente antologia de textos teóricos e críticos de Pessoa põe em relevo os princípios do Sensacionismo e os seus nexos com Orpheu, no cerne da sua obra e da sua relação com o Modernismo português.
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COMENTÁRIOS DOS LEITORES

Para todos os amantes da poesia pessoana
João Santos | 2018-07-12
A moderna obra do Orpheu foi sempre algo que me cativou para a leitura dos seus textos, já desde os tempos em que andava no secundário. Comprei esta excelente edição da Assírio e Alvim para ficar a saber , ainda com maior detalhe, como se concretizou a poética de Pessoa e de todos os seus companheiros em redor do Orpheu e do Sensacionismo. Recomendadíssimo!
Sensacionismo
Gabriela Silva | 2017-05-18
Sou professora de Literatura portuguesa e precisava imenso deste livro para escrever um artigo. Além de tudo o que eu precisava dele enquanto material de pesquisa, o atendimento da Wook e o prazo de entrega foram perfeitos. A quem quiser saber mais do sensacionismo, da experiência estética de Fernando Pessoa e da Orpheu, recomendo a leitura da obra.

DETALHES DO PRODUTO

Sobre Orpheu e o Sensacionismo
ISBN: 978-972-37-1818-8
Edição/reimpressão: 04-2015
Editor: Assírio & Alvim
Código: 79406
Coleção: Pessoa Breve
Idioma: Português
Dimensões: 131 x 198 x 14 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 176
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros > Livros em Português > Literatura > Ensaios
Um dos maiores génios poéticos de toda a nossa literatura, conhecido mundialmente. A sua poesia acabou por ser decisiva na evolução de toda a produção poética portuguesa do século xx. Se nele é ainda notória a herança simbolista, Pessoa foi mais longe, não só quanto à criação (e invenção) de novas tentativas artísticas e literárias, mas também no que respeita ao esforço de teorização e de crítica literária. É um poeta universal, na medida em que nos foi dando, mesmo com contradições, uma visão simultaneamente múltipla e unitária da vida. É precisamente nesta tentativa de olhar o mundo duma forma múltipla (com um forte substrato de filosofia racionalista e mesmo de influência oriental) que reside uma explicação plausível para ter criado os célebres heterónimos – Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, sem contarmos ainda com o semi-heterónimo Bernardo Soares.
Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em 1888 (onde virá a falecer) e aos 7 anos partiu para a África do Sul com a sua mãe e o padrasto, que foi cônsul em Durban. Aqui fez os estudos secundários, obtendo resultados brilhantes. Em fins de 1903 faz o exame de admissão à Universidade do Cabo. Com esta idade (15 anos) é já surpreendente a variedade das suas leituras literárias e filosóficas. Em 1905 regressa definitivamente a Portugal; no ano seguinte matricula-se, em Lisboa, no Curso Superior de Letras, mas abandona-o em 1907. Decide depois trabalhar como «correspondente estrangeiro». Em 1912 estreia-se na revista A Águia com artigos de natureza ensaística. 1914 é o ano da criação dos três conhecidos heterónimos e em 1915 lança, com Mário de Sá-Carneiro, José de Almada Negreiros e outros, a revista Orpheu, que dá origem ao Modernismo. Entre a fundação de algumas revistas, a colaboração poética noutras, a publicação de alguns opúsculos e o discreto convívio com amigos, divide-se a vida pública e literária deste poeta.
Pessoa marcou profundamente o movimento modernista português, quer pela produção teórica em torno do sensacionismo, quer pelo arrojo vanguardista de algumas das suas poesias, quer ainda pela animação que imprimiu à revista Orpheu (1915). No entanto, quase toda a sua vida decorreu no anonimato. Quando morreu, em 1935, publicara apenas um livro em português, Mensagem (no qual exprime poeticamente a sua visão mítica e nacionalista de Portugal), e deixou a sua famosa arca recheada de milhares de textos inéditos.
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